27.11.09

METAL SLUG - Retroanálise


Munições ilimitadas. Armas especiais. Super veículos de combate. Tinha que ser Metal Slug. Raramente encontrei um título que me entretivesse e enfurecesse tanto, ao ponto de ser eu a desejar ter munição ilimitada para descarregar em cima dos criadores do jogo. Mas felizmente para mim, o divertimento eleva-se acima de qualquer outro aspecto negativo.

Uma série clássica em 2d criada para a NeoGeo, no estilo run and gun, por vezes mesclada com situações de bullet hell (daí a minha fúria!), consiste, muito basicamente, em escolher entre quatro soldados corajosamente suicidas que irão enfrentar hordas de inimigos. Pelo meio dos níveis teremos que libertar prisioneiros de guerra a precisar, desesperadamente, de ir ao barbeiro, que presenteiam o jogador com equipamento (armas especiais, bombas ou itens para aumentar a pontuação). O jogador poderá usar, em algumas situações, veículos de combate. Estes aparecem numa vasta gama mas raramente temos escolha sobre qual iremos usar. Pessoalmente, a minha adrenalina triplica quando monto em cima de um camelo e estilhaço os meus inimigos com uma metralhadora. Nice!


No entanto, existem situações em que temos que nos tornar quase super-humanos para podermos reagir num milissegundo e escaparmos da morte certa. Algumas lutas com Bosses são extremamente injustas porque são duros como diamantes e se não tivermos um fornecimento regular de armas especiais e bombas ilimitadas, o dedo vai começar a doer de tanto carregar no botão de disparo. Não sei o que é que os criadores do jogo esperariam de simples humanos…

O que mais ressalta é a longevidade da série, pois ao longo dos anos alguns dos seus títulos foram repetidamente incluídos no arsenal de diversas consolas (Saturn, Playstation 1&2, Xbox e Gameboy Advance), chegando mesmo a subir de posto e estão actualmente disponíveis para download para a Xbox 360, Wii, PSP e/ou Nintendo DS.


Tenho a certeza que quem quiser passar umas horas de extrema diversão com o coração acelerado não se vai arrepender de fazer download de qualquer um dos jogos da série Metal Slug.

25.11.09

BLOOD - Retroanálise


Se o leitor tem acompanhado as minhas análises então é provável que tenha denotado que eu dou prioridade a jogos mais pausados e que nos obrigam a pensar, no entanto existem aquelas ocasiões em que sou confrotado com um jogo de acção que me deixa colado ao ecrã e me faz perder toda a noção do tempo e "Blood" é um desses casos.

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RETROANÁLISE

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Lançado em 1997 e criado pela Monolith e 3D Realms (esta ultima criou o Duke Nukem) Blood é não só um dos melhores FPS do seu tempo mas é também um dos jogos mais sangrentos da sua época.

O jogo em si não nos proporciona uma grande história, sabemos que a personagem principal foi condenada à morte por um demónio e que anos mais tarde voltamos à vida por uma razão não-especificada, a partir desse momento o nosso objectivo consiste em matar tudo o que se mexe. Podem ser zombies (seguidores desse culto) ou gargulas, espíritos, demónios... Não importa, se vires movimento então dispara e assiste ao banho de sangue que se segue.

Quando o jogo começa estamos apenas armados com uma forquilha, mas espalhados entre os mais de 25 níveis encontramos armas comuns nos FPS como caçadeiras e metralhadoras, passando por granadas, dinamite e pistolas de sinalização(que queimam o nosso inimigo em alguns segundos) e acabando em armas verdadeiramente originais, como é o caso de um isqueiro e um spray de lata que resulta num lança chamas ou até armas mágicas como bonecos de vodoo. Mais impressionante ainda é o facto de que através de um power-up podem usar “dual-weilding”, ou seja a capacidade de usar duas armas ao mesmo tempo.

É impossível não adorar a acção de jogo, os inimigos em cada nível vêm às hordas, os seus gritos ao morrerem, o sangue que libertam e até as cabeças do zombies a saltarem vão vos deixar completamente satisfeitos. Os níveis são muito originais, temos cemitérios, comboios, parques de diversões, pólo norte, ambientes urbanos entre muitos outros, é só uma pena que os níveis iniciais sejam algo aborrecidos, pois as munições são muito escassas no inicio do jogo.

O jogo permite multiplayer, é claro que os servidores oficiais estão desligados à muito, mas isso não vos impede de procurar servidores não oficiais ou então de o jogarem em LAN (pessoalmente posso dizer-vos que matar um zombie e depois jogar futebol com a cabeça dele contra outro jogador foi das experiências mais interessantes que já tive).

Graficamente o jogo está soberbo, o jogo é escuro e ameaçador, os ambientes são interessantes e as animações bem feitas. Enquanto jogos como Doom forçam-vos a jogarem em resoluções baixas (normalmente 320x200) Blood permite-vos escolherem a vossa resolução, eu pessoalmente joguei-o em 800x600 (esta é a resolução básica de um jogo de PS2), quando tentei colocar o jogo em HD este deu-me glitches gráficos, mas aconselho-vos a tentar na mesma, pode ser que tenham mais sorte do que eu, no entanto lembrem-se que quanto maior a resolução mais o Dosbox irá exigir do vosso PC.

A minha única e verdadeira crítica ao jogo é a música, enquanto que os sons, gritos e explosões são muito satisfatórios a música é simplesmente irritante, independentemente do hardware de som que tentem emular a música será sempre irritante.

Eu adoro este jogo e recomendo-o, a sua dificuldade é bastante alta, mas o prazer visceral que proporciona é sem dúvida único.

Como sempre deixo aqui um link para poderem fazer o download do jogo BLOOD

Nota: O jogo requer 23MB de memória, infelizmente o dosbox tem como standard 16, parA resolverem este problema vão ao "dosbox configuration file" e onde diz memsize=16 escrevem memsize=32 caso contrário o jogo pode subitamente parar de funcionar. Para acederam ao ficheiro de configuração dosbox visitem o nosso tutorial dosbox e leiam as “perguntas possíveis”. TUTORIAL

BLOOD - Retroanalise

BLOOD

Se o leitor tem acompanhado as minhas análises então é provável que tenha denotado que eu dou prioridade a jogos mais pausados e que nos obrigam a pensar, no entanto existem aquelas ocasiões em que sou confrotado com um jogo de acção que me deixa colado ao ecrã e me faz perder toda a noção do tempo e "Blood" é um desses casos.


RETROANALISE


Lançado em 1997 e criado pela Monolith e 3D Realms (esta ultima criou o Duke Nukem) Blood é não só um dos melhores FPS do seu tempo mas é também um dos jogos mais sangrentos da sua época.

O jogo em si não nos proporciona uma grande história, sabemos que a personagem principal foi condenada à morte por um demónio e que anos mais tarde voltamos à vida por uma razão não-especificada, a partir desse momento o nosso objectivo consiste em matar tudo o que se mexe. Podem ser zombies (seguidores desse culto) ou gargulas, espíritos, demónios... Não importa, se vires movimento então dispara e assiste ao banho de sangue que se segue.

Quando o jogo começa estamos apenas armados com uma forquilha, mas espalhados entre os mais de 25 níveis encontramos armas comuns nos FPS como caçadeiras e metralhadoras, passando por granadas, dinamite e pistolas de sinalização(que queimam o nosso inimigo em alguns segundos) e acabando em armas verdadeiramente originais, como é o caso de um isqueiro e um spray de lata que resulta num lança chamas ou até armas mágicas como bonecos de vodoo. Mais impressionante ainda é o facto de que através de um power-up podem usar “dual-weilding”, ou seja a capacidade de usar duas armas ao mesmo tempo.

É impossível não adorar a acção de jogo, os inimigos em cada nível vêm às hordas, os seus gritos ao morrerem, o sangue que libertam e até as cabeças do zombies a saltarem vão vos deixar completamente satisfeitos. Os níveis são muito originais, temos cemitérios, comboios, parques de diversões, pólo norte, ambientes urbanos entre muitos outros, é só uma pena que os níveis iniciais sejam algo aborrecidos, pois as munições são muito escassas no inicio do jogo.

O jogo permite multiplayer, é claro que os servidores oficiais estão desligados à muito, mas isso não vos impede de procurar servidores não oficiais ou então de o jogarem em LAN (pessoalmente posso dizer-vos que matar um zombie e depois jogar futebol com a cabeça dele contra outro jogador foi das experiências mais interessantes que já tive).

Graficamente o jogo está soberbo, o jogo é escuro e ameaçador, os ambientes são interessantes e as animações bem feitas. Enquanto jogos como Doom forçam-vos a jogarem em resoluções baixas (normalmente 320x200) Blood permite-vos escolherem a vossa resolução, eu pessoalmente joguei-o em 800x600 (esta é a resolução básica de um jogo de PS2), quando tentei colocar o jogo em HD este deu-me glitches gráficos, mas aconselho-vos a tentar na mesma, pode ser que tenham mais sorte do que eu, no entanto lembrem-se que quanto maior a resolução mais o Dosbox irá exigir do vosso PC.

A minha única e verdadeira crítica ao jogo é a música, enquanto que os sons, gritos e explosões são muito satisfatórios a música é simplesmente irritante, independentemente do hardware de som que tentem emular a música será sempre irritante.

Eu adoro este jogo e recomendo-o, a sua dificuldade é bastante alta, mas o prazer visceral que proporciona é sem dúvida único.

Como sempre deixo aqui um link para poderem fazer o download do jogo


BLOOD



Nota: O jogo requer 23MB de memória, infelizmente o dosbox tem como standard 16, parA resolverem este problema vão ao "dosbox configuration file" e onde diz memsize=16 escrevem memsize=32 caso contrário o jogo pode subitamente parar de funcionar. Para acederam ao ficheiro de configuração dosbox visitem o nosso tutorial dosbox e leiam as “perguntas possíveis”


TUTORIAL


VIDEO

P.f.f. clique para ver no youtube

BLOOD

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Por Gonçalo G.

IMAGENS





































23.11.09

Fighting Vipers - Retroanálise


Polígonos e hormonas

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Este jogo teve a sua origem nas máquinas Arcade marcando posteriormente presença na Sega Saturn. Poderia ser um jogo de luta bastante genérico se não fosse a inclusão de algumas particularidades que o fizeram destacar-se da concorrência.

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RETROANÁLISE
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Além da barra de vida tradicional em todos os jogos deste género, existe uma representação esquemática da armadura de cada um dos personagens que se vai enfraquecendo conforme são atingidos. Quando certa parte da armadura passa nessa representação de verde para vermelho, significa que está prestes a partir-se. A inclusão deste elemento vai trazer um nível adicional de estratégia raramente presente nos jogos de luta pois leva a que se possa planear que parte da armadura enfraquecer de modo a deixar o personagem mais vulnerável…mas verdade seja dita, o facto de fazer cair pedaços das armaduras dos adversários nunca foi atractivo como forma de vencer o combate mas sim como forma de ver a lingerie sexy das três personagens femininas.

Aquando da saída deste jogo eu era um adolescente em pleno rebuliço hormonal. Esse facto, e este jogo, foram a razão porque escolhi na altura a Sega Saturn, em detrimento da Playstation (trocando para esta apenas com a saída de Dead or Alive em 1998…hum… é de notar um certo padrão nestas decisões lol). Tenho que concordar que a lutadora Candy (ver figura abaixo) despertou em mim um interesse especial por polígonos bem posicionados no design de personagens.

A adolescência é nostálgica e este jogo também o é por isso mesmo.

Candy, Candy…

Aiai…eram assim os bons velhos tempos!

Jogabilidade 8/10: Sempre preferi jogos de luta em 2D mas este, apesar de ser 3D, é também bastante agradável de ser jogado tendo uma mecânica ao género de Virtua Fighter e apresentando toda a experiência da Sega neste género.

Gráficos 7/10: Nota-se alguns erros gráficos por exemplo nas paredes que delimitam a arena de combate que têm tendência de “aparecer e desaparecer”, mas apesar do 3D já ter apresentado uma grande evolução desde essa altura, não é algo que assuste olhar. Destaque para a personagem Candy, claro está ;)

Som 6/10: Música e vozes bastante genéricas, não têm nada de muito memorável mas cumprem a sua função.

Avaliação Final 7/10: Este jogo teve uma sequela apenas nas Arcades além dum crossover com outros personagens emblemáticos da Sega Fighters Megamix (na Sega Saturn). Este último acabará por ser o jogo melhor e mais completo pois tem uma ampla quantidade de personagens com géneros diferentes de combate a escolher.


A mecânica dos jogos de luta tem-se mantido bastante constante ao longo do tempo pelo que, na minha opinião, os novos jogos de luta 3D são principalmente evoluções gráficas duma fórmula bastante repetida. Nesse sentido Fighting Vipers é um jogo que ainda hoje consegue proporcionar bons momentos de diversão misturando de forma genial porrada e mulheres em trajes menores tal como fizeram mais tarde Dead or Alive ou o hilariante (e terrível) Bikini Karate Babes.

Nota: Não apoiamos a violência doméstica mas lutas na lama são muito bem vindas ;)

Fighting Vipers - Retroanalise

FIGHTING VIPERS (Luta 1996 Sega Saturn)

Polígonos e hormonas


Este jogo teve a sua origem nas máquinas Arcade marcando posteriormente presença na Sega Saturn. Poderia ser um jogo de luta bastante genérico se não fosse a inclusão de algumas particularidades que o fizeram destacar-se da concorrência.

RETROANALISE


Além da barra de vida tradicional em todos os jogos deste género, existe uma representação esquemática da armadura de cada um dos personagens que se vai enfraquecendo conforme são atingidos. Quando certa parte da armadura passa nessa representação de verde para vermelho, significa que está prestes a partir-se. A inclusão deste elemento vai trazer um nível adicional de estratégia raramente presente nos jogos de luta pois leva a que se possa planear que parte da armadura enfraquecer de modo a deixar o personagem mais vulnerável…mas verdade seja dita, o facto de fazer cair pedaços das armaduras dos adversários nunca foi atractivo como forma de vencer o combate mas sim como forma de ver a lingerie sexy das três personagens femininas.

Aquando da saída deste jogo eu era um adolescente em pleno rebuliço hormonal. Esse facto, e este jogo, foram a razão porque escolhi na altura a Sega Saturn, em detrimento da Playstation (trocando para esta apenas com a saída de Dead or Alive em 1998…hum… é de notar um certo padrão nestas decisões lol). Tenho que concordar que a lutadora Candy (ver figura abaixo) despertou em mim um interesse especial por polígonos bem posicionados no design de personagens.

A adolescência é nostálgica e este jogo também o é por isso mesmo.

Candy, Candy…


Aiai…eram assim os bons velhos tempos!


Jogabilidade 8/10: Sempre preferi jogos de luta em 2D mas este, apesar de ser 3D, é também bastante agradável de ser jogado tendo uma mecânica ao género de Virtua Fighter e apresentando toda a experiência da Sega neste género.

Gráficos 7/10: Nota-se alguns erros gráficos por exemplo nas paredes que delimitam a arena de combate que têm tendência de “aparecer e desaparecer”, mas apesar do 3D já ter apresentado uma grande evolução desde essa altura, não é algo que assuste olhar. Destaque para a personagem Candy, claro está ;)

Som 6/10: Música e vozes bastante genéricas, não têm nada de muito memorável mas cumprem a sua função.

Avaliação Final 7/10: Este jogo teve uma sequela apenas nas Arcades além dum crossover com outros personagens emblemáticos da Sega Fighters Megamix (na Sega Saturn). Este último acabará por ser o jogo melhor e mais completo pois tem uma ampla quantidade de personagens com géneros diferentes de combate a escolher.

A mecânica dos jogos de luta tem-se mantido bastante constante ao longo do tempo pelo que, na minha opinião, os novos jogos de luta 3D são principalmente evoluções gráficas duma fórmula bastante repetida. Nesse sentido Fighting Vipers é um jogo que ainda hoje consegue proporcionar bons momentos de diversão misturando de forma genial porrada e mulheres em trajes menores tal como fizeram mais tarde Dead or Alive ou o hilariante (e terrível) Bikini Karate Babes.



Nota: Não apoiamos a violência doméstica mas lutas na lama são muito bem vindas ;)


IMAGENS

























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Por João Sousa

20.11.09

STREETS OF RAGE 2 - Retroanálise


Para uns somente mais uma sequela. Para mim, um dos melhores jogos para a Mega Drive.

Muito simples: Mr. X volta outra vez a lançar o pânico na cidade e desta vez raptou o Adam (personagem do primeiro jogo da série). Big mistake! Cabe aos seus 3 amigos (Axel, Blaze e Max) e ao seu irmão mais novo (Skate) levar a luta até ao Mr. X e pará-lo de uma vez por todas. Blaze e Axel actuam neste jogo como renegados, por isso, a polícia ficou a comer donuts. És só tu e os teus punhos. E uma katana eventualmente.

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RETROANÁLISE


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Pelo meio da aventura irão encontrar velhos “amigos”. O caso dos gémeos gordos que comeram demasiado chilli picante, as bondage girls do chicote, por exemplo.

Os dois novos personagens (Skate e Max) parecem ter sido feitos para serem a antítese um do outro. Skate (o meu preferido) é leve e rápido. Max é pesado e lento mas os seus golpes causam mais danos do que os de qualquer outro personagem.


No novo modo de jogo, Duel, tu e um amigo escolhem entre os quatro personagens principais e lutam num 1 vs 1 muito pouco amigável. Pessoalmente prefiro guardar a minha fúria para o Mr. X e as suas bondage girls.

Jogabilidade 9/10. Há uma maior fluidez nos movimentos dos personagens em relação ao jogo antecessor. Os personagens ganham mais movimentos de ataque e mais diversificados. Jogado com mais um amigo é realmente um jogo excelente.

Gráficos 8/10. Segue a linha do seu antecessor, porventura um pouco mais refinados.
Som 10/10. Uma das melhores bandas sonoras para a Mega Drive, provavelmente a melhor. Descrita pelo criador como um estilo na onda do “hardcore techno”, proporciona um grande ritmo de jogabilidade.

Apreciação Geral 9/10. O que mais me agrada neste jogo é a simbiose que existe entre a fantástica banda sonora e a fluidez de combate que apresenta. Combinada com a escolha de quatro personagens principais, cada qual com habilidades únicas e a possibilidade de jogar com mais um amigo, torna Streets of Rage 2 um jogo excelente e com alto valor de replay.


Era um grande jogo no género beat’em up em 1992 e tornou-se num clássico apetecível ainda hoje.

9.11.09

STAR CONTROL - Retroanálise


Lançado em 1990 Star Control é um jogo de estratégia por turnos com combate em tempo real, esquecido na sombra da sua excelente sequela (jogo esse que já avaliámos). Star Control tem muitas poucas semelhanças com esta, pois enquanto Star Control 2 era um RPG, o primeiro da saga é um jogo de estratégia por turnos. Criado pela mesma mente que nos trouxe o clássico “Archon” de tabuleiro para a Commodore 64 existe quem diga que STAR CONTROL é uma sequela não oficial deste videojogo.

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RETROANÁLISE


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Star Control oferece-nos a oportunidade de escolhermos entre duas facções, os “Ur-quan” e a “League of free worlds”, no entanto e ao contrário da sua sequela temos muito pouca informação sobre quem são estas raças e o porquê da guerra.


O jogo emdivide-se em duas secções, a primeira de estratégia por turnos e a segunda o combate em tempo real. Durante o mapa estratégico teremos que mover a nossa frota para os diferentes planetas, lá teremos que colonizá-los, miná-los e defendê-los. de modo a podermos aumentar a nossa frota e derrotar o nosso oponente, as nossas opções são no entanto demasiado limitadas se pensarmos em videojogos como “Civilization” estavam apenas a um ano de distância. Enquanto tomamos estas decisões o mapa em si vai rodando a sua posição continuamente como se tratasse das rotas gravitacionais dos planetas, esta medida embora interessante não acrescenta nenhuma estratégia ao jogo, apenas serve para nos deixar confusos e às vezes até enjoados.


Já o combate é muito semelhante ao Star control 2. Consiste em duelos de naves, e estes são travados até um dos lados ficar sem recursos para enviar, o combate é em tempo real. Cada aeronave possui 2 ataques diferentes e existem 14 modelos diferentes divididos pelas 2 facções. O Combate no entanto parece sofrer de alguns problemas que foram eliminados na sua sequela, neste jogo as naves maiores muito dificilmente escapam à gravidade dos planetas (gravidade esta que pode puxar-nos para o planeta e destruir-nos), a inteligência artificial quando se vê em desvantagem passa o tempo a fugir sem tentar atacar o que prolonga desnecessariamente os combates, por estas e por outras razões o combate acaba por ser bastante monótono.


Gráfica e sonoramente estamos perante um jogo que envelheceu muito mal, não existe música e os efeitos sonoros só com muita imaginação se assemelham ao que deveriam ser, isto seria aceitável se se tratasse da versão Commodore 64, o mesmo não se pode dizer de um jogo de MS-DOS de 1990. Os gráficos correm numa resolução muito baixa, são pouco coloridos e estão extremamente granulados.


Existe quem considere STAR CONTROL um clássico, mas pessoalmente acho que tal como a sua prequela “Archon” STAR CONTROL é um jogo que fica melhor nas nossas memórias do que propriamente no nosso PC.

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VIDEOJOGO


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Download: STAR_CONTROL

STAR CONTROL - RETROANALISE

STAR CONTROL


Lançado em 1990 Star Control é um jogo de estratégia por turnos com combate em tempo real, esquecido na sombra da sua excelente sequela (jogo esse que já avaliámos). Star Control tem muitas poucas semelhanças com esta, pois enquanto Star Control 2 era um RPG, o primeiro da saga é um jogo de estratégia por turnos. Criado pela mesma mente que nos trouxe o clássico “Archon” de tabuleiro para a Commodore 64 existe quem diga que STAR CONTROL é uma sequela não oficial deste videojogo.


RETROANALISE


Star Control oferece-nos a oportunidade de escolhermos entre duas facções, os “Ur-quan” e a “League of free worlds”, no entanto e ao contrário da sua sequela temos muito pouca informação sobre quem são estas raças e o porquê da guerra.

O jogo emdivide-se em duas secções, a primeira de estratégia por turnos e a segunda o combate em tempo real. Durante o mapa estratégico teremos que mover a nossa frota para os diferentes planetas, lá teremos que colonizá-los, miná-los e defendê-los. de modo a podermos aumentar a nossa frota e derrotar o nosso oponente, as nossas opções são no entanto demasiado limitadas se pensarmos em videojogos como “Civilization” estavam apenas a um ano de distância. Enquanto tomamos estas decisões o mapa em si vai rodando a sua posição continuamente como se tratasse das rotas gravitacionais dos planetas, esta medida embora interessante não acrescenta nenhuma estratégia ao jogo, apenas serve para nos deixar confusos e às vezes até enjoados.

Já o combate é muito semelhante ao Star control 2. Consiste em duelos de naves, e estes são travados até um dos lados ficar sem recursos para enviar, o combate é em tempo real. Cada aeronave possui 2 ataques diferentes e existem 14 modelos diferentes divididos pelas 2 facções. O Combate no entanto parece sofrer de alguns problemas que foram eliminados na sua sequela, neste jogo as naves maiores muito dificilmente escapam à gravidade dos planetas (gravidade esta que pode puxar-nos para o planeta e destruir-nos), a inteligência artificial quando se vê em desvantagem passa o tempo a fugir sem tentar atacar o que prolonga desnecessariamente os combates, por estas e por outras razões o combate acaba por ser bastante monótono.

Gráfica e sonoramente estamos perante um jogo que envelheceu muito mal, não existe música e os efeitos sonoros só com muita imaginação se assemelham ao que deveriam ser, isto seria aceitável se se tratasse da versão Commodore 64, o mesmo não se pode dizer de um jogo de MS-DOS de 1990. Os gráficos correm numa resolução muito baixa, são pouco coloridos e estão extremamente granulados.

Existe quem considere STAR CONTROL um clássico, mas pessoalmente acho que tal como a sua prequela “Archon” STAR CONTROL é um jogo que fica melhor nas nossas memórias do que propriamente no nosso PC.


VIDEOJOGO

Download: STAR_CONTROL


IMAGENS

















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Por Gonçalo G.

5.11.09

GENERAL CHAOS - Retroanálise


Com o selo da, agora, multimilionária Electronic Arts, foi lançado em 1994 e é um jogo de guerra que opõe o exército do general Chaos, contra o exército do general Havoc, misturando uma boa dose de estratégia, acção e humor desde o primeiro tiro.

O exército é composto por seis soldados especializados:
-Gunner. Equipado com uma metralhadora que, à boa maneira americana, encrava frequentemente.
-Launcher. Dispara uma bazuca. Acerta duas vezes no mesmo desgraçado para obteres uma morte súbita.
-Chucker. Este sósia do Chuck Norris atira granadas e pode atingir inimigos que se escondam atrás de obstáculos.
-Blaster. Este zarolho atira barras de dinamite. Ideal para destruir veículos ou estruturas inimigas.
-Scorcher. Se gostas de churrasco, vais gostar do Scorcher. Quando ele acabar vais ver um monte de cinzas a formar-se.
-Medic. Este soldado altruísta arrisca a vida para salvar os seus companheiros selvagens.
Estes soldados formam quatro equipas à tua disposição.


A piéce de resistance é a quarta equipa que temos à disposição: Commandos. Dois bravos soldados enfrentam cinco inimigos. Oh, yeah!!!

Gráficos 9/10. As animações são extremamente cómicas desde as bolhas de sabão a saírem do lança-chamas depois de atravessar um rio ou do tiro de bazuca que arranca a carne dos ossos. Gore!
Jogabilidade 9/10. É bastante fácil controlar as acções e posicionamento dos soldados no campo de batalha.
Som 9/10. Adequado a um jogo de guerra que abertamente se assume como divertido e humorístico. Desde a banda sonora até aos barulhos da metralhadora a encravar ou de alguém a ser atingido por um tiro de bazuca.


Apreciação Geral 9/10. Como a dificuldade é apenas resultado das decisões estratégicas que tomas, este jogo pode ser terminado usando vários caminhos, logo, aumenta o valor de replay. Jogado com mais três amigos, usando um adaptador, é realmente dos jogos mais divertidos e com maior longevidade para a Megadrive.

A escassez de entretenimento

Numa altura em que não se podiam arranjar jogos facilmente através da Internet e o orçamento disponível de um adolescente também não abunda depois de gastar o dinheiro do almoço num maço de tabaco, o modo de relacionamento de um gamer com outro colega era bastante diferente do que é hoje. Para se poder assegurar alguns dias de diversão com um jogo novo era por vezes necessário recorrer a técnicas de socialização à Bond ou de persuasão dignas de um Corleone.

Os grupos sociais na adolescência são menos permeáveis do que na fase adulta, então, como conseguir o jogo que andas à procura há meses e o único que o tem na tua escola é o beto mais beto do sítio? Sinceramente, já estás a vomitar jornais de tanto jogar Paperboy e isso está a dar cabo da tua sanidade mental e se carregasses para cima dele e com as tuas mãos à volta do seu pescoço, gritasses: “Deixa-me jogar Comix Zone!!”, seria o mais lógico a fazer depois de tantas horas a mandar jornais. Mas não! Tens que te controlar.


Eis as leis a seguir:
1.º Aborda-o quando estiver sozinho. Sempre!
2.º Evita gestos ameaçadores.
3.º Nada de conversa fiada. Vai direito ao assunto.
4.º Tens que ter uma boa moeda de troca, caso contrário vais jogar Paperboy outra vez. :(
5.º Se a conversa durar mais de 5 minutos ou os amigos dele vos toparem, arriscas-te a levar porrada à boa maneira de Streets of Rage, UMvs.UMadatadeles.

Seguindo as regras, entregava-te o jogo passados uns dias, pela mão de outra pessoa, com a data limite a devolver, tipo videoclube. A multa por devolver em atraso? A analogia acima utilizada, a Streets of Rage, funciona mais uma vez na perfeição.
Ah! A nostalgia...

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Por Mário

Retroreviewer - Mário

Beat’em up, Shoot’em up, Grind’em down! Streets of Rage, Metal Slug e Samurai Shodown. Muitos inimigos, muitos tiros e muito sangue. Eis o meu perfil de gamer.


Como o indivíduo introvertido e introspectivo que sou, adoro reflectir sobre os aspectos da cultura dos videojogos, a relação passado-presente, as manias e comportamentos dos gamers e explicar aos meus amigos como jogos cheios de quadradinhos podem ser mais divertidos do que grandes produções de mestria visual.

Mário